Asas Luminosas

Um dia, em meio a seu sono conturbado, Gregório sonha com uma bela mulher. Ela tem cabelos negros e cacheados, olhos azuis como o céu e a pele branca como a neve. Ela anda nua, porém suas vergonhas são envoltas em luz, como se ela vestisse um fino véu branco.

O Sonho termina com Gregório despertando naquela igreja, moderna, cheia de luzes na qual ele esteve no passado. A cama, extremamente confortável e as roupas estranhas que ele veste é o menos estranho. o barulho ensurdecedor que vem de fora da igreja, e as luzes que parecem iluminar o quarto vindas de fora soam perturbadoras, mas o mais estranho é o jovem padre, sentado em uma mesa de madeira, simples, olhando para uma caixa quadrada, como se fosse um livro sendo lido de lado, um dos lados na mesa e o outro, de alguma forma, firme e aberto, com uma estranha luminosidade saindo dele. O rapaz dedilha frenéticamente um estranho objeto, aparentemente um instrumento musical cheio de pedras, mas nenhum som sai deles a não ser um barulho baixo, como um estalar. Ele olha para a cama, surpreso pelo fato de Gregório estar ali, mas sorrindo.

"Ah, o senhor novamente. Vejo que o anjo que o escolheu como hospedeiro realmente está desenvolvendo seus poderes. O tempo não é nada para os anjos, o senhor bem sabe, mas temos que tomar cuidado para que o senhor não enlouqueça. Seja bem vindo, meu nome é Roberto, caso o senhor não se lembre..."