O Pedido de Mithras

Mithras envia uma carta a Leona, pedindo encarecidamente para que uma importante reunião da camarilla tenha sede em zagreb (ou em alguma cidade Croata se Leona preferir)
Ele diz que Zagreb é no momento a região mais neutra e fortificada da Europa, sem focos anarquistas e seria um lugar perfeito para a tomada de decisões importantes.
Ele diz que aproveitará a ocasião para nomeá-la Archon.

Leona responde que seria um prazer e que organizará tudo para que a reunião seja em Zagreb mesmo.

Mithras então diz que dentro de uma semana as comitivas começarão a chegar. Diz que está muito orgulhoso de tudo o que aconteceu, que Georgia parece estar no caminho certo em Canterbury e que essa reunião e Zagreb mudará a Sociedade cainita para Sempre.
Exatamente no período marcado, as comitivas começam a chegar em Zagreb. A primeira a chegar é uma pequena carruagem sem muita pompa, trazendo Hannibal acompanhado de uma bela mulher de músculos torneados, de nome Wanda Blackside. Imediatamente ele pede com respeito a Leona que wanda seja acomodada e diz que gostaria de ter Mihaela e Vérica a seu lado assim que possível.
Uma noite depois chega a comitiva de Helena. Ela traz consigo inúmeros carniçais e duas proles, lady Eletria, que Leona já conhece, e um belíssimo jovem de nome Francois Villon, ele é galanteador e nem parece ser uma criança da noite, visto a segurança que demonstra na presença de tantos anciões.
Noites se seguem e As comitivas de outros clans começam a chegar. Merlinda vem apenas acompanhada de um gárgula e seus carniçais, enquanto Evidakia vem acompanhada de Gerlack, aparentemente normal, sorridente e sem o menor traço de mudança, como se nada tivesse acontecido e uma belissima mulher de roupas ousadas porém não necessáriamente vulgares, ela parece uma sacerdotisa cinzenta e atende pelo nome de Vasantasena.

Leona tem no castelo de Dálmata alguns dos exemplares mais simpáticos de predadores de várias espécies, e cabe a ela como lidar com esse grupinho, simpático.

Leona os acomoda e prepara as melhores reuniões, festas e vinhos, ela divide a atenção com todos do mais velho ao mais jovem e se esquiva das perguntas sobre Nichola até mesmo de Mithras. Ela prepara um grande "conclave" para que seja feita a reunião, convida Laurence como líder do Le Masquerade e os nobres mais próximos e príncipes aliados mais próximos dela.

Depois da reunião, com os ânimos mais calmos (seja quais forem as resoluções do outro tópico, não creio que haja porrada ou coisa do tipo ) Mithras chama Leona e Laurence para uma conversa particular em seus aposentos. Lá eles encontram a bela mulher de armadura que veio acompanhada de Mithras e que chegou até a votar na reunião. Mithras está sorridente, mas Leona o conhece bem demais para saber que também está ansioso. A Mulher reverencia Leona com os olhos brilahntes. Ela parece não ser tão jovem mas é possivel perceber que trata-se mais de expressões de preocupação e vida complicada do que velhice.





"Minha querida filha Leona e meu caro Laurence. Sei que me conhecem o suficiente para saber que tenho o péssimo habito de tomar decisões repentinas e não avisá-los, mas sei que me conhecem também o suficiente para saber que faço tudo em prol de nossa família. Pois bem, gostaria de apresentar a vocês Anne Bowsley, minha mais nova criança da noite."

A mulher sorri, faz uma grande reverência aos dois

"É uma grande honra Lady Leona, Lord Laurence. Prometo dedicar minha pós-vida a servir meu pai e a nossa família com tudo o que tenho e espero conseguir pelo menos chegar aos pés de tudo aquilo que já fizeram por ele."

Mithras parece orgulhoso e espera a reação de ambos. Laurence apenas sorri e beija as mãos de Anne

"Tenho certeza que será mais uma grande Ventrue em nossa linhagem senhorita Anne, conte comigo para o que for preciso."

Leona fica olhando Mithras estarrecida. Ela olha para a menina com o um misto de ódio e frustração, logo muda para um sorriso falso e amarelo e com voz trêmula:

"Seja bem vinda, minha irmã, e que você possa desfrutar dos primeiros anos de ensinamentos com nosso pai ao seu lado. Agora se me dão licença tenho muita coisa a fazer."

Leona vira as costas e sai da sala, com ódio no olhar.

Mithras parece mudar de humor ao ver a reação de Leona e quando ela vira as costas, fala em tom alto, mas sem gritar.

"Leona! o que está acontecendo? Não vire as costas para mim antes de me explicar o que a incomoda tanto. Percebi isto desde a reunião..."

Leona pára um pouco amedrontada e irada. Com o rosto sujo de lágrimas mas não se vira para Mithras, apenas abaixa a cabeça.

"Por favor, pai, deixe-me um pouco sozinha, não existe necessidade de eu encher seus ouvidos com minhas frustrações."

Leona não se move aguardando a "autorização" de Mithras.

"Respeitarei seu momento, mas saiba que sua frustração é minha frustração. Diga-me o motivo quando se sentir melhor para isso e se estiver a meu alcance, cuidarei para que seja resolvido."

Ele se aproxima dela e coloca as mãos nos ombros da prole

"Infelizmente temos pouco tempo, mas imagino que precise descansar. Quando se sentir melhor procure Anne, ela entregará uma carta a você caso eu não esteja mais aqui. Sinto muito, pelo que quer que seja minha criança."

Ele se afasta e segue para longe dos aposentos. Anne não o segue e Laurence vai até Leona, a levando com calma pelo corredor sem dizer nada, apenas tentando confortá-la com sua presença, como se tivesse entendido perfeitamente os motivos dela.

Leona olha derrotada para Laurence.

"Me desculpe, Laurence, eu tentei me segurar, mas... eu me senti um brinquedo que perdeu a graça, eu abri mão de tantas coisas por ele e fiz tanto e quando perdi a graça ele achou um novo brinquedo para brincar, uma nova criança para exibir com orgulho nas reuniões e encher os pulmões para dizer o quanto a ama. E eu? Tantas coisas que eu perdi, eu nem sei mensurar, estou ficando velha e sozinha como todo bom ancião e fiz tudo pelo ego e orgulho dele, para que eu fosse amada e aprovada, para que não o decepcionasse jamais, agi contra minha vontade e meus princípios, agi para ele e nada... esqueça! Obrigada por ficar ao meu lado, Laurence, e me desculpe por essa demonstração de fraqueza e descontrole."

Leona pega o braço de Laurence e se deixa ser guiada por ele.

(Obs.: Nada disso foi dito perto da menina não, ok?)

Laurence apenas beija a testa de Leona

"É a evolução natural do clan Ventrue, infelizmente os séculos nos dizem isso muito tarde e mesmo que dissessem cedo, raramente nos é dada alguma escolha. Nesse caso Milady, peço apenas que desabafe e não se sinta culpada por nada. A senhorita foi a principal responsável por tudo que conquistamos, foi a primeira a me ouvir com verdadeiro interesse e abriu os ouvidos de Mithras a nossas ideias. Nesses séculos aprendi que a opinião de nossos senhores perde a cada noite sua importância, a medida que outros irmãos de sangue reconhecem nosso valor. Veja meu exemplo. Fiz de tudo para agradar e orgulhar um traidor, um ser repugnante que quase colocou nossa linhagem nas mãos da destruição.
No entanto, apesar de entender e saber o que a senhorita está sentindo, espere até conversar com vosso pai. Ele a elogia aos quatro ventos e sobre a nova criança, pelo que conheço do velho se trata de um abraço estratégico. Ele anda abafado em Londres e acho que ele a treinará para sentar ao trono dele em breve. Mithras anda falando muito em cansaço, a toda hora. Quando isso começa é sinal de torpor em breve."

Ele a deixa em seus aposentos e a reverencia.

"Acho que ele pediria a senhorita que assumisse o trono de Londres se pudesse, mas depois do que fez em Canterbury, acho que a ama demais para fazer isso. Acredito também que confiará a jovem Anne a seus ensinamentos, mas são só suposições. Mais uma vez peço que não se deixe abalar minha senhora, não combina com vossa glória."

Ele a reverencia mais uma vez e se afasta.

Leona sorri gentil.

"Obrigada, Laurence, mas não vou incomodá-lo com isso, guardar em meu íntimo me faz mais forte, como tenho feito desde que a minha vida pareceu ruir. Eu agradeço os ouvidos atentos e as palavras de conforto, Laurence, você tem sido um grande aliado e um bom amigo, você merece muito sucesso, não deixe as pessoas mandarem em você, você logo será príncipe. Quanto à nova criança de Mithras, eu não tenho nada contra ela, ela parece uma menina gentil e educada, eu é quem está perdendo essas qualidades. Depois irei me desculpar com ela, a pobre coitada não tem culpa."

Leona fica um pouco mais nos aposentos dela olhando pela janela enquanto Laurence se afasta e depois de se acalmar e sentir o peso das verdades que Nichola lhe disse na fatídica noite, ela sai para ir de encontro à Anne, ela se troca, se limpa e vai ver com calma sua irmã mais nova.

Leona encontra Anne nos aposentos destinados a ela. Leona percebe que a jovem parece estar um tanto deslocada, já que Mithras não está por perto e ela não parece ter nem mesmo um carniçal como companhia. Ela apenas lê um livro que parece bastante desinteressante e sorri aliviada com a chegada de Leona.

"Milady, que grata surpresa."

Leona sorri.

"Me desculpe meus maus modos, Anne, algumas coisas acontecem em nossa vida que nos surpreende e magoa, mas a culpa não é sua, esqueça a cena que aconteceu lá embaixo, eu estou apenas um pouco cansada. Você é muito bem vinda à Zagreb e tenho certeza que irá gostar daqui, não fique trancafiada no quarto, procure por Viktor ou Aletha, eles são jovens como você e vocês certamente terão muita coisa para conversar. Mais uma vez peço desculpas pelo meu comportamento, e não pense que nada daquilo foi por vocês estar aqui, você é muito jovem e logo começará a ver o motivo pelo qual eu agi daquela forma. Se precisar de algo me avise."

Leona sorri novamente e se Anne não fôr dizer nada vai até Aletha e Viktor e pede que façam companhia à garota.

"Não é preciso se desculpar minha senhora. Tudo isto é muito novo e estranho para mim. Lord Mithras tem sido uma presença ha algum tempo, mas eu nunca poderia imaginar sua verdadeira intenção. Hoje sou um ser da noite e confesso que tudo isso me assusta um pouco. Sei que tudo o que ele disse sobre a senhorita é verdade e espero que tenha a honra de aprender com sua sabedoria."

Ela entrega a Leona uma carta, com o selo de Mithras, caso Leona leia a carta

"Minha querida Filha:

Em noites normais, eu não me atreveria a lhe pedir mais nenhum favor sequer. Nem mesmo um pequeno, visto tudo o que você fez e continua fazendo em meu nome e minha honra. Jamais tive tanto orgulho e satisfação por uma criança minha como tenho por você, e sei que dificilmente terei. Anne é minha ultima criança.
Evidakia andou tendo algumas visões, e eu, algumas revelações que me deixaram atônito. Vasculhei pela verdade e encontrei indicios crueis de meu passado. Minha dita Divindade, minhas memórias perdidas.
A única coisa que sei explicar é que de alguma forma, Eu e a tal criatura que vocês destruiram tínhamos algum tipo de ligação. Segundo os textos e relatos que colhi, éramos amantes e fragmentos de minha memória dizem que isso era muito antes de tudo, antes de eu ser um Cainita e antes dela pertencer as hordas do Inferno.
Isto se perdeu de alguma forma e agora, se encontrou em migalhas que estão me deixando louco.
desde que começaram as movimentações para destrui-la, tenho me sentido mau. Cansado e desmotivado. A cada noite minhas forças se esvaem em um grau preocupante e posso atestar que até mesmo meus poderes mais elevados me fariam tombar em seguida caso os usasse. Minha sede aumenta mosntruosamente e temo pelos meus queridos em um momento de fraqueza.
É por este motivo minha amada que preciso dormir, mais uma vez, desta vez contra minha vontade. A morte da criatura de alguma forma me deixou exaurido e uso minha força de vontade a cada noite para permanecer de pé, mas não sei até quando resistirei.
Trouxe Anne para a noite por este motivo. Se eu dormir agora, com Você governando Zagreb e Laurence a Camarilla, Londres cairá de uma vez por todas. Não tenho prle alguma a quem confiar o trono, Stefanos não é digno e eu não ousaria pedir outra vez que abandone Zagreb. por isso, meu ultimo pedido a ti, é que passe a Anne toda a sua sabedoria e ensinamentos. Quando a procurei, buscava por uma prole que se aproximasse de você em essência. Claro que sei que ambas são únicas, com qualidades e defeitos únicos, mas sei que ela é capaz de entender seus ensinamentos melhor que qualquer outra prole.
Anne é herdeira de Eduardo, o Rei confessor, que supostamente não deixou herdeiros. Ela foi expulsa do palácio ainda criança e viveu entre os mendigos e miseráveis sem saber de seu sangue real. Eu a encontrei e a fiz entender quem é. Mas preciso de você para faze-la entender quem deve ser.
Eu realmente fiquei triste com sua reação ao vê-la. Não pela reação em si, mas por que vi tristeza verdadeira em seus olhos e minha confusão não me permite entender o por que e isso me atormenta. Imagino que tenha a magoado de alguma forma e tenho certeza que talvez você prefira não expressar o motivo, mas quero deixar claro que seja o que for, nunca, jamais ocorreu por vontade minha ou consciência. Eu nuca faria mal a você por pura vontade.
Me despeço por hora minha querida criança, e espero que possa, mais uma vez me ajudar. No entanto, entenderei se não quiser faze-lo, é seu direito e não haverá nenhuma punição ou magoa de minha parte se assim for.
Enquanto Anne estiver sendo treinada, seja por ti ou por outro, Laurence assumirá o trono e espero que ele possa provar sua capacidade, como tem feito até as noites de hoje.
Mais uma vez, peço perdão por te-la magoado e desejo sucesso em seu reinado.

Com amor, seu pai.

Mithras, Filho de Vedharta, Príncipe de Londres

Leona olha ainda incrédula para carta, depois desfaz a surpresa e sorri.

"Anne, querida, seu destino será como o meu e quando eu começar a lhe contar as coisas você entenderá perfeitamente o motivo pelo qual saí daquele jeito mais cedo. Eu sei como se sente agora, você o ama mais que tudo nesse mundo, você o quer do seu lado, o deseja e sonha para que a sensação dele ali jamais passe, é intenso e jamais se realizará e daqui há um ano não existirá tamanho desespero e nem o seu amado por perto, sabe, eu fui abraçada por um de nossos irmãos, Mithras estava dormindo e ali ficaria até que eu completasse 500 anos, será assim agora, mas você o conhece, eu vivi à sombra do Deus-na-Terra, com medo, insegura, escutando boatos e tendo que crescer sozinha. Com uma noite de abraço e não sabia nem para que me serviam os caninos eu fui sentada naquele trono lá embaixo e as palavras que meu irmão me disse jamais saíram da minha cabeça: 'Tu é uma prole de Mithras, comporte-se como tal, governe.' ele virou as costas e o vi anos depois, a mim foi dado Safyia com 5 noites e Mihaela abraçada junto comigo, crescemos juntas, governando, você não sabe como é absurdamente injusto, eu nunca fui princesa, meu pai mortal era um rei que nunca me reconheceu como herdeira e fui saber dessas verdades um vampiro velho já. Sabe, Anne, eu sobrevivi e hoje sou uma das criaturas mais proeminentes da Europa, eu unifiquei um território inteiro, construí o maior bloco de defesa do leste europeu, instaurei uma política coesa, sensata e honrando meus aliados, 500 anos depois meu velho pai se levantou de seu túmulo e eu fui conhecê-lo em Londres e foi onde tudo começou. Aqui na Croácia eu me casei com o antigo rei, um dos patriarcas da família Kreshmir, Nichola, com duas noites de abraço, enfrentamos uma batalha severa onde ele quase foi morto e pedi que minha tutora o abraçasse, e ela muito a contra-gosto me deu a minha primeira prole, ah como eu o amei, mas Londres, querida, foi uma cidade severa para nós. Logo com minha fama se espalhando, Mithras me encheu de atribulações e funções, nessa época já possuía minha prole mais velha, sangue do meu sangue, Sebastjan, ele ficou responsável por governar Zagreb e a Croácia enquanto estávamos fora. Em uma bela noite naquela cidade nojenta, Mithras me pediu um grande favor, Canterbury, uma cidade entregue aos Lasombra (nossos rivais) precisava de uma liderança, organização, era a única cidade em todo o baronato que não respeitava as leis dele, Lasombras se amontoavam com a inquisição e com as doenças para governar moribundos. Eu acredito que minha vida tenha começado a ruir no instante que aceitei. Naquele instante eu vislumbrei minha Croácia sendo varrida, meu casamento e minhas alianças acabando, e aos poucos, isso aconteceu. Certa vez, não faz muito tempo, meu marido, possuído por um demônio, quase entregou a Croácia a nossos inimigos, mas eu possuo dois anjos da guarda que foram os melhores presentes que já ganhei, Mihaela veio à Croácia no meio de uma guerra em Canterbury e conteve a perda de meus territórios, eu conquistei Canterbury, limpei dos Lasombras, declarei guerra a uma matusalém, matei um dos demônios mais fortes do inferno, instaurei uma nova forma de governo e quando voltei à Zagreb com a Camarilla ainda em fase de projeto eu me deparei com a cena mais triste da minha existência, essa política nova, arranca de mim a Croácia, serei apenas a príncipe de Zagreb, o resto do poder cainita estará entregue nas mãos de pessoas que se não desejarem jamais terão que prestar contas a mim, perdi meu marido, ele partiu há poucas noites me odiando, nessa reunião Lord Hannibal quis me dar uma facada tentando arrancar Mihaela de mim e como presente maravilhoso, Mithras me pediu mais um grandioso favor. Anne, quando você tiver suas proles você entenderá, nós a amamos e eu não sei como aquela criatura consegue nos abandonar assim, Londres, Anne, é a maior cilada em que um vampiro pode entrar e, infelizmente, é seu destino, como foi o meu naquele ninho infernalista chamado Canterbury. Governar Zagreb, uma cidade onde eu comando a família real e a sociedade mortal é difícil agora imagine governar vampiros sem o apoio mortal, pelo contrário, os mortais da Bretanha são governados por Garous, um dos nossos maiores inimigos. É insanidade de nosso pai colocar uma criatura tão nova quanto você governando aquela cidade, e para mim seria um castigo sem tamanhos e Mithras sabe, dessa vez, Anne eu estou sozinha e quase sem nada, eu JAMAIS sairia daqui, não mais, tenho assuntos a tratar e vou afundar a Romênia em sua própria lama envenenada para mostrar a eles que a brincadeira deles acabou. Mas você só irá a Londres quando EU julgar pronta, colocarei ao seu lado Sebastjan, minha prole mais velha, ele te ensinará tudo, respeite-o, ele foi rei e sabe como governar e é um exímio guerreiro, colocarei como proteção Daô, prole de Safyia e pedirei Mihaela conselhos para colocar um estrategista de guerra e à Safyia para as proteções místicas. Você aprenderá como eu, pois Anne, guarde minhas palavras marcadas na tua pele, uma lição que aprendi à duras penas: 'O que não nos mata, certamente nos fortalece'. E quando você tiver mais idade vai encher nosso adormecido pai de orgulho e algum dia você vai amá-lo tanto quanto eu o estou agora."

Leona fica olhando Anne, esperando alguma reação.

Anne ouve tudo atentamente e a cada palavra parece se assustar mais. No entanto ela se mostra corajosa e em momento algum questiona ou demonstra medo do futuro. Quando Leona termina, ela a reverencia.

"Confesso que tudo o que me disse Milady, me assustou e tenho dúvidas se serei digna e resistente para tanto. mas lhe prometo que farei o melhor de mim. Se eu, entenda, sem nenhuma bajulação de minha parte, conseguir suportar metade de tudo o que passaste, me darei por satisfeita. Embora tenha entendido que nosso pai é severo e frio, e que ser sua filha é no mínimo uma prova de fogo, é o fato de poder me tornar como a senhora que me dará forças para continuar. Agradeço muito que tenha me aceitado. Apenas aguardo suas ordens minha irmã."

Anne parece sincera e realmente Leona nota que ela parece inspirada.

Leona sorri.

"Ótimo, venha, vou lhe apresentar algumas pessoas e vou colocá-la para trabalhar."

Leona a leva até Sebastjan e no caminho pede que chamem Dao, Safyia e Mihaela.

Dao, Safiya e Mihaela são prontamente chamadas, enquanto Leona encontra Sebastjan vagando pela sala do trono com um olhar nostálgico.

"Minha mãe...finalmente vou poder desfrutar de um pouco que seja de sua companhia?" Ele sorri parecendo sentir saudades, Leona nota na prole um olhar de quem sente saudades do passado e principalmente da companhia dos pais. Safiya e Dao chegam em seguida sorridentes, mas Safiya se mostra profundamente preocupada com Leona, mesmo sem dizer nada.

"Estamos aqui senhora"

(Maninha, se vc preferir resumir as ordens e o que manda cada um fazer fique a vontade, mas se preferir registrar os dialogos aqui tb sem problemas Mihaela é chamada, logo se o Bruno quiser entrar de bico no tópico tb fique a vontade uahahahahahaau )

Leona sorri para Sebastjan com um olhar cheio de saudades e quase com lágrimas nos olhos. Ela o abraça:

"Oh, meu amor, me desculpe, também estou morrendo de saudades e nós temos muito a conversar, mas agora pedirei a ti um favor e se você escolherá se quer ou não. Meu querido, essa Anne, prole mais nova de Mithras e ele pediu que eu a educasse, mas preciso que você me ajude, Anne vai se tornar príncipe de Londres em breve e será uma honra para mim ver meu filho mais velho e mais experiente ajudá-la nessa difícil missão, mas antes que você faça carinha de gatinho abandonado, os primeiros anos de Anne serão na Croácia, onde ela estabelecerá com sua ajuda um principado, com vocês irá Dao como proteção e quero que Safyia e Mihaela designem pessoas para serem a Safyia e a Mihaela dela."

Leona sorri.

"E então? O que me diz, querido? Pode me ajudar mais uma vez? E, meninas, o que me sugerem?"

Leona fica aguardando as respostas ainda com Sebastjan em seus braços.

Sebastjan da um forte abraço em Leona, e fica minutos ali, com o rosto nos ombros dela, ele chega a chorar por alguns segundos e sussurra nos ouvidos dela

"Eu sei de tudo. E mais do que nunca estou a seu lado, minha única e amada mãe e senhora. Minha fidelidade será eterna, pois a amo. Aconteça o que acontecer. É uma promessa."

Ele tenta se recompor e sorri

"Será um prazer e uma grande Honra Senhorita Anne, tenho certeza que Zagreb é o melhor lugar da Europa para aprender tudo que precisa, e farei o possivel para ajuda-la em tudo, fique tranquila minha mãe, ela está em boas mãos."

Anne sorri encantada e animada e faz uma reverência.

"Muito obrigada Lord Sebastjan, tenho certeza que serei muito bem treinada e cuidada, e tenha certeza que minha dedicação será exemplar"

Safiya se aproxima discretamente e afaga os cabelos de Leona com carinho observando Sebastjan com aquela expressão de "Nosso menino cresceu"

"Perfeitamente minha senhora, posso designar alguém para fazer por Lady Anne os serviços que presto a senhora. Pensei em minha criança, Rhona, afinal ela caminha pela trilha do Feiticeiro para a alegria de uma mãe coruja como eu, e seria ótimo vê-la em ação, felizmente não será necessário, tão cedo que ela me substitua. Se achar que ela está a altura de tal desafio, será uma honra. Caso contrário partirei agora mesmo para encontrar alguém."

Ela sorri e olha para Mihaela esperando a resposta dela.

Mihaela quando chega apenas sorri para Anne e os outros. Assim que explicada e apresentada ela logo da um sorriso desconfiado para Leona.

" Minha senhora, possuo a pessoa certa para tais ensinamentos, porém a senhora já o designou para a missão. Julgo que Sebastjan seja ideal para ensiná-la. Anne, estará em excelentes mãos. Junto com vocês eu enviarei não uma estrategista e sim minha prole, Gaal. Presumo que ela vai gostar da notícia. "

Mihaela sorri com cara de safada para Leona.

Leona sorri.

"Bom, sendo assim, Anne estará em boas mãos. Agora, antes de deixar que aquele patife durma, preciso ter uma palavrinha com ele. Sebatjan, querido, depois conversaremos."

Leona pede licença e sai.

Sebastjan sorri, faz uma reverencia a leona, Safiya e Mihaela e convida Anne para conhecer zagreb em sua companhia. Safiya sai dando um tapinha na bunda de Mihaela com um sorriso debochado (obviamente pega na armadura) e faz uma expressão mixta de surpresa e preocupação, olhando Leona sumir no corredor e apenas movendo os lábios para Mihaela ler "patife?!"