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A Cruzada dos Nobres

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Mensagem  Narrador Dom Jan 31, 2016 1:52 am

Os nobres haviam entrado na história. Os mercenários que rondavam as tabernas e vilas em toda a Europa, agora usavam armaduras, recebiam salários e carregavam o brasão de algum nobre.

"Com a autoridade papal reafirmada em Placência, Urbano II convocou o Concílio de Clermont a 27 de novembro, anunciando que no fim da reunião iria fazer uma proclamação de máxima importância para o público em geral. A afluência da nobreza, do clero e do povo a Clermont foi tão grande que, ao contrário das representações artísticas do evento, este não se realizou dentro da catedral, mas sim ao ar livre.

O sermão apaixonado exortou a sua audiência a tirar o controlo de Jerusalém das mãos dos muçulmanos. Referiu-se à violência dos nobres europeus que saqueavam terras europeias e lutavam entre si, e que a solução para este problema era colocar as espadas ao serviço de Deus: «Que os salteadores se tornem cavaleiros.» Ainda anunciou as recompensas que esperavam quem tomasse a cruz, tanto na terra como no céu, uma vez que a cruzada seria uma expedição de penitência, e quem morresse na Terra Santa ou a caminho dela, ganharia o seu lugar no Paraíso - isto é, a indulgência plena. Tudo isto o papa prometia através do poder de Deus que lhe fôra concedido. A multidão reunida foi tomada de um tal entusiasmo frenético que interrompeu o seu discurso gritando «Deus o quer!» (em latim: Deus vult!, frase que seria repetida por toda a Europa.

Assim partiu a Primeira Cruzada "oficial", chamada de Cruzada dos Nobres, Cruzada dos Cavaleiros ou Cruzada dos Barões. No total, esta expedição militar organizada, radicalmente diferente do movimento de peregrinos pobres da Cruzada Popular, consistiria em cerca de 30.000-35.000 guerreiros, incluindo 5.000 cavaleiros.

Liderada espiritualmente por Ademar de Monteil, legado papal e bispo de Le Puy, a liderança militar era repartida e disputada principalmente por:

Raimundo IV de Toulouse, talvez o mais carismático líder no início da expedição, já tinha participado da Reconquista e era acompanhado pelos cavaleiros da Provença e pelo legado Ademar;
Boemundo de Taranto, líder dos normandos do sul da península Itálica, velhos inimigos do Império Bizantino, acompanhado pelo seu sobrinho Tancredo de Altavila;
Godofredo de Bulhão trazia um exército da Lorena, juntamente com os seus irmãos Eustácio III de Bolonha e Balduíno de Bolonha, e foi acompanhado por Roberto II da Flandres e os seus flamengos;
Hugo I de Vermandois, irmão de Filipe I da França, portador do estandarte papal ;
Roberto II da Normandia (irmão do rei Guilherme II da Inglaterra) e Estêvão de Blois (neto de Guilherme I de Inglaterra), traziam o contingente do norte da França.

Hugo I de Vermandois saiu da França e passou pela Itália, recebendo o estandarte de São Pedro em Roma. No caminho, muitos dos seguidores do conde Emico juntaram-se-lhe após a derrota que tinham sofrido contra os húngaros. Ao contrário dos outros exércitos cruzados que viajaram por terra, este atravessou o mar Adriático, partindo de Bari.

Godofredo de Bulhão e os seus irmãos seguiram pela "Estrada de Carlos Magno"

[Fica a cargo dos jogadores darem alguma ação ou comentar, assumam que todos os personagens receberam essas informações em algum momento]

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